E se o governo fosse Just In Time?

Aproveitando este clima de copa, onde estamos propensos a refletir sobre a situação de nosso país, nos deparamos com situações desagradáveis.

Enxergamos doentes morrendo em hospitais, pessoas sendo assaltadas/agredidas em locais públicos, etc.

Olhando por um prisma mais empresarial, poderíamos dizer que nosso governo hoje, enfrenta problemas de logística. Digo isso, porque se pensarmos no modo Just In Time do Toyotismo, a situação de alguns departamentos seria menos crítica.

Antes de fazer esta conexão, segue o significado de JIT:

“JIT – Just In Time (Base do Toyotismo, Japão). E que se traduz em PLANEJAR, CONTROLAR, PRODUZIR CONTROLADAMENTE, TRANSPORTAR E ENTREGAR PRODUTOS E SERVIÇOS em: “quantidade exata comprada, no local exato estipulado, na hora precisa cronometrada, na qualidade contratada com Zero Defeitos ou Zero Falhas, com toda segurança agregada (humana, ambiental, patrimonial)”, que favoreça o MENOR CUSTO FINAL de sua “materialidade transportada e processada”. […]” 

“[…] Atender com qualidade, produtividade, economia e segurança plena (humana, ambiental e patrimonial) a todos os seus utilizadores, em plano vertical e em horizontal, que investem recursos e tempo, na sua utilização. E seu objetivo básico, NÃO é só o de ligar pontos e locais geográficos, sob cronogramas e escalas, mas ligar negócios, prosperidades e laços afetuosos e emocionais. […]” (via: http://www.administradores.com.br)

Como se sabe, o governo é responsável por repassar recursos às instituições públicas. Uma parte em dinheiro, outra em materiais tangíveis. 
Tomemos como exemplo as escolas públicas: Em 2012, o Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio recebeu cerca de 1/3 dos livros que lhes foram prometidos, e destes livros, uma remessa de livros de geografia vieram com posições erradas de mapas, informações equivocadas e dados incompletos.
Esta falha resultou em um gasto completamente desnecessário, afinal os livros não foram usados pois continham dados incorretos. Ocorreram também gastos de tempo, pois os livros demoraram a chegar.

Imagine se o departamento do governo do Estado resolvesse aplicar, ou se basear no Just In Time acerca desta remessa dos livros de Geografia. Pode-se concluir que o resultado seria completamente diferente: Os livros não deveriam ter erros, e seriam entregues dentro do prazo planejado.

Agora outro exemplo: O Hospital Regional de Piracicaba – SP, de acordo com rápidas pesquisas que fiz, era previsto para ser entregue em outubro de 2012. Estamos em 2014 e as obras ainda não foram concluídas. Problemas de logística, contratação de empresas incapazes de concluir o projeto e desorganizações de tempo e prazo renderam prejuízos tanto ao Governo, quanto às pessoas que necessitam deste serviço. Se o JIT fosse aplicado em obras públicas, a margem de erro em construções e prazos deveria ser zero.

Obviamente, isto é uma utopia, considerando toda a burocracia e corrupções, desvios e etc. que ocorrem em nosso sistema.

Mas fica a ideia, passível de devaneios sobre o governo adquirindo um Just In Time. Educação e Saúde melhores seriam só a ponta do Iceberg.

 

Publicado por Jéssica Luz

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